Quantas de nós não carregamos um pouco de Juliana dentro de nós?, por Raíssa França

26 de junho, 2025 Eufemea Por Raíssa França

É impossível não se comover com a história de Juliana Marins. Eu acredito que, assim como eu, você também torceu para que ela fosse encontrada a tempo, com vida, de volta aos sonhos que cabiam na mochila. Uma jovem de 26 anos, publicitária, fotógrafa, artista, dançarina, viajante. Uma mulher que, como tantas outras, carregava no coração o desejo de ver o mundo com os próprios olhos. E quem de nós não carrega um pouco de Juliana dentro de si?

Juliana começou seu mochilão pela Ásia em fevereiro. Pelas redes, dividia encantos e perrengues de quem decide improvisar caminhos. “Há 36 dias saí do Brasil sozinha para viver esse mochilão. Estou vivendo devagar e sem muitos planos, improvisando e deixando a vida acontecer”, escreveu em março.

Uma das coisas que mais amo fazer é viajar. E quando decidimos viajar, não pensamos no que pode dar errado. Não porque somos inconsequentes, mas porque a coragem fala mais alto que o medo. A estrada é, antes de tudo, um ato de confiança: no mundo, em nós mesmas, na sorte de voltar. Mas nem todo mundo volta e eu não tenho como te explicar nesse texto por qual motivo algumas jornadas são mais curtas do que outras.

Quando uma vida se interrompe tão cedo, a gente tenta dar uma explicação rápida. “Ela não deveria ter ido”. Eu tenho certeza que muitas pessoas pensaram isso… Mas a verdade é que a morte não tem roteiro. Não dá para prever nada, nem o próximo segundo. A ideia de controle é só uma forma de enganar a nós mesmas e acreditar que conseguimos planejar tudo.

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