Por dia, 2 mulheres são vítimas de tentativa de feminicídio no estado de São Paulo

08 de agosto, 2025 g1 Por Lídia Rodrigues

Registros de casos passaram de 91 no primeiro semestre de 2023 para 379 no mesmo período em 2025, um aumento de 316%, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP).

Por dia, duas mulheres foram vítimas de tentativa de feminicídio no estado de São Paulo no primeiro semestre deste ano. O número é quatro vezes maior do que o registrado no mesmo período de 2023, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo.

No primeiro semestre de 2023, foram registrados 91 casos de tentativa de feminicídio. No mesmo período, em 2024, foram 289. Neste ano, foram 379 nos primeiros seis meses – um aumento de 316% nos últimos dois anos.

Os casos de tentativa de feminicídio são registrados considerando o sexo da vítima. A lei federal considera feminicídio quando o assassinato envolve violência doméstica e familiar, e menosprezo ou discriminação à condição de mulher da vítima.

Outros crimes que tiveram as mulheres como alvo também apresentaram alta no período.

Os casos de lesão corporal dolosa contra a mulher, definidos por violência contra a integridade ou saúde corporal, subiram 18% entre os primeiros semestres dos últimos dois anos. Em 2023, foram 28.117 casos. No ano passado, foram 30.762 registros. Neste ano, 33.317 casos foram registrados.

Os feminicídios aumentaram em 16%. Foram registrados 111 casos no primeiro semestre de 2023; 124 em 2024; e 129 neste ano, no mesmo período.

Medidas protetivas

Considerando o mesmo período de comparação, houve aumento de 22% no número de medidas protetivas concedidas pela Justiça do estado.

Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), elas passaram de 43.140 para 57.785, um aumento de 22%, comparando os primeiros semestres de 2023 e 2025.

As medidas protetivas são ordens judiciais, previstas nos artigos 22, 23 e 24 da Lei Maria da Penha, que proíbem que o agressor tenha aproximação e contato com a vítima. Além disso, também proporcionam auxílio, acompanhamento e proteção à vítima. Os pedidos são analisados pelo Judiciário em até 48 horas, segundo o TJ-SP.

O Conselho Nacional de Justiça aponta que, dos mais de 450 mil pedidos de medidas protetivas feitos em todo o país, cerca de 304 mil foram concedidas, ou seja, 91% do total. Dessas, mais de 33 mil foram prorrogadas para além do prazo inicial estipulado.

Entre os estados, São Paulo lidera com o maior número de medidas protetivas concedidas, com mais de 55 mil, seguido por Rio Grande do Sul (27.305), Rio de Janeiro (25.103), Paraná (24.562), Minas Gerais (21.108) e Santa Catarina (16.111), apenas no primeiro semestre deste ano.

Acesse a matéria no site de origem.

Nossas Pesquisas de Opinião

Nossas Pesquisas de opinião

Ver todas
Veja mais pesquisas