(O Estado de S. Paulo) Para a cientista política Kauara Rodrigues, assessora técnica do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea), uma entidade que defende a legalização do aborto, a lei uruguaia tem um valor simbólico para a região, já que o Uruguai foi o primeiro país hispânico da América do Sul a assumir essa postura – também foi o primeiro a liberar divórcio e voto para mulheres.
“A criminalização do aborto é um problema de saúde pública, porque, quando ele é feito clandestinamente, gera consequências graves para as mulheres. É uma das maiores causas de mortalidade materna”, afirma a cientista política.
Movimentos contra o aborto lamentaram a decisão. Para Helena Martins-Costa, do Movimento em Defesa da Vida de Porto Alegre, os governos deveriam se organizar para oferecer mecanismos de apoio a mulheres em situação desfavorável, como métodos anticoncepcionais não abortivos, creches e atendimento multidisciplinar à futura mãe. “É preciso modificar, mas procurando soluções que valorizem a vida.”
Acesse em pdf: Decisão tem valor simbólico para a região, diz ativista (O Estado de S. Paulo – 18/10/2012)