Proposta foi feita na Sessão Solene em Homenagem ao Dia Mundial da África, realizada nesta segunda-feira, 27, na Câmara dos Deputados, em Brasília. Para Luiza Bairros, a relação entre o Brasil e o continente africano deve ultrapassar as trocas comerciais.
(SEPPIR) A ministra Luiza Bairros, da Secretaria de Políticas para a Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), participou na manhã desta segunda-feira, 27, no auditório Ulysses Guimarães da Câmara dos Deputados, da Sessão Solene em Homenagem ao Dia Mundial da África, transcorrido no sábado, 25.
Luiza Bairros destacou esforços do governo para estreitar a relação entre o Brasil e o continente africano e citou como exemplo as trocas comerciais Brasil-África por meio da Associação Brasileira de Cooperação (ABC), o anúncio da presidenta Dilma Rousseff de perdoar as dívidas de doze países africanos, feito em viagem à Etiópia, no último final de semana.
Ela comunicou, ainda, a produção do nono volume da coleção História Geral da África, realizada pela Unesco, em parceria com a SEPPIR e outras entidades, que tratará sobre a Diáspora Africana.
Mas ressaltou que nada é mais importante do que a criação de maneiras de estreitar a relação entre as sociedades brasileira e africana, para que também possam estabelecer trocas. “Solidificando laços históricos e culturais”, disse.
A sessão foi uma solicitação conjunta dos deputados Amauri Teixeira (PT/BA) e Benedita da Silva (PT/RJ) e, inicialmente, foi presidida por Mauro Benevides (PMDB/CE).
O deputado Amauri Teixeira lembrou que após explorar o continente africano à exaustão, o Brasil relegou as relações com os países da África até há pouco tempo. Processo interrompido, segundo ele, apenas há pouco mais de dez anos nas gestões dos presidentes Luís Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. “Todos os caminhos levam o Brasil até a África. Para nós, brasileiros, o Dia da África é o Dia do Brasil”, afirmou.
Benedita da Silva fez um resgate do fato histórico que gerou o 25 de maio como data comemorativa e disse que o dia é importante para promover o debate. “Simboliza a continuidade da luta”, afirmou.
Ela também lembrou que a política externa brasileira tem priorizado a África. “O intercâmbio comercial e investimentos cresceu cinco vezes mais nos últimos anos. Não é apenas o comércio, mas os laços culturais históricos que unem Brasil e África”, disse.
O Dia Mundial da África foi instituído para lembrar o 25 de maio de 1963, em que trinta e dois países africanos firmaram o compromisso político de lutar pelo fim da colonização no continente, simbolizando a luta do povo africano para atingir este objetivo.
Além da ministra Luiza Bairros, a mesa de trabalhos contou com as presenças dos embaixadores do Benin, Isidore Benjamin, da República de Angola, Nelson Manuel Cosme, titular da Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN), Gilberto Leal e do presidente da Fundação Cultural Palmares, Hilton Cobra.
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