(Metrô News) Mais da metade da população conhece pelo menos uma mulher que já foi agredida pelo parceiro ou sabe de um homem que já agrediu a companheira. Os dados pertencem à pesquisa divulgada nesta segunda-feira pelo Instituto Patrícia Galvão e Data Popular. Segundo 51% dos entrevistados, a própria casa é o ambiente mais inseguro para elas.
Presente na apresentação da pesquisa, a ministra de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, prometeu reforços às ações de combate à violência. “Estou na frente e atropelando que vier. Eu quero assumir compromisso”, declara. Ela afirmou que o governo federal está com tolerância zero contra a agressão às mulheres.
Ao ser questionada pelo Metrô News sobre as condenações pelo assassinato de Mércia Nakashima, morta por Mizael Bispo em maio de 2010, a ministra disse que punições exemplares fortalecem o enfrentamento à violência. “A condenação dele [Mizael] deu muita força para a mulher e também para advogados de mulheres. E, por outro lado, retirou a força dos agressores.”
Especialista em pesquisa da Patrícia Galvão, a socióloga Fátima Jordão destacou que a violência ocorre em todas as esferas sociais.
Maioria acredita em fim trágico
De acordo com a pesquisa, nove entre dez brasileiros acreditam que agressões contra a companheira terminam em morte. A técnica em enfermagem Daniela Silvestre destaca que o medo acaba por levar a vítima a não denunciar o agressor. Já as analistas Marcela Reale e Bruna Moura veem a dependência financeira como um dos problemas.
Ao saber da agressão contra a sobrinha, a instrumentadora cirúrgica Márcia Pires disse ter feito a denúncia. O segundo caso ocorreu há cerca de dez dias. “A primeira [agressão], ele mesmo me contou”, diz ao relatar que a sobrinha havia sido agredida anteriormente. Por medida preventiva, o marido não pode mais se aproximar da jovem.
Acesse os PDFs: 56% dos brasileiros conhecem agressor de mulher, diz estudo e No País, 56% conhecem agressor de mulher (Metrô News, 06/08/2013)