(Folha de S.Paulo) A chegada de uma mulher à Presidência da República não significou maior participação feminina na cúpula da administração federal.
No governo Dilma Rousseff, as mulheres ocupam apenas um quinto dos principais cargos do Poder Executivo, uma fatia inferior à do final do governo Lula.
Dos 39 ministros, oito são mulheres. No segundo escalão, a proporção é semelhante: são 61 entre 310 postos.
Em dezembro de 2010, eram apenas três ministras, mas as mulheres ocupavam 70, ou 24%, dos 291 cargos de livre nomeação classificados como NES (Natureza Especial) e DAS-6 (Direção e Assessoramento Superiores, no nível mais elevado).
Formam esse grupo secretárias-executivas, secretárias de Estado, assessoras-chefes e presidentes (ou presidentas, como prefere Dilma) de instituto, entre outras funções de comando.
Se considerado todo o quadro dos ministérios e da Presidência, o serviço público mostra um equilíbrio bem maior entre homens e mulheres -as servidoras são 45,7% do total. A proporção cai conforme se avança até o topo da hierarquia.
Uma das explicações para a falta de avanço na participação feminina é a divisão dos ministérios entre os partidos aliados, menos engajados que o PT em políticas de gênero.
Todas as ministras da Esplanada, de fato, são petistas.
Acesse em pdf: Mulheres ocupam apenas 20 dos principais cargos no governo (Folha de S.Paulo – 08/03/2014)