Dois estudos avaliaram como insatisfatório o funcionamento do projeto Nascer-Maternidades, do Ministério da Saúde, do qual fazem parte 570 maternidades em todo o país, que passaram a adotar um protocolo de procedimentos que inclui testes rápidos para o HIV e tratamento para as gestantes e para as crianças expostas ao risco de contaminação.
A primeira pesquisa foi realizada pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) em trinta maternidades de todo o país e constatou que, em 33% das maternidades estudadas, não havia teste rápido para AIDS; das 324 gestantes soropositivas identificadas, 18% não receberam o AZT e, entre os recém-nascidos, 7% dos expostos também não foram medicados com AZT e apenas 52% deles tiveram acesso à fórmula infantil, que substitui o leite materno.
Já o segundo estudo foi conduzido pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) em quatro centros hospitalares do Estado e aponta que, além da falta de insumos básicos para o funcionamento do projeto, a falta de qualificação da mão de obra e a desorganização do sistema também são obstáculos.