(O Estado de S. Paulo) “Quando uma mulher deixa de ser solteira e vira uma ‘mulher que não se casou’?” Assim começa o artigo assinado por Maureen Dowd, colunista do The New York Times, a propósito da indicação de Elena Kagan para ocupar um posto na Suprema Corte dos EUA.
“Os funcionários da Casa Branca estavam tão ansiosos para acabar com qualquer especulação em relação à possibilidade de Elena Kagan ser gay que acabaram buscando uma saída pré-feminista, preferindo descrevê-la com o infeliz aposto ‘não se casou’, em vez do mais divertido adjetivo ‘solteira’.”
“‘Solteira’ carrega uma conotação de disponibilidade e possibilidade, enquanto a ‘mulher que não se casou’ traz consigo as temidas implicações do tipo ‘passou do prazo’, ‘faltou sorte’, ‘está acabada’ e ‘esgotaram-se as chances’. Um aroma de naftalina e de tia perpétua”, escreve Maureen Dowd.
Leia o artigo na íntegra: Em defesa das mulheres solteiras de Washington (O Estado de S. Paulo – 23/05/2010)