(O Estado de S. Paulo) “Elas engravidam para não apanhar. Dizem que quando estão em gestação são menos agredidas e recebem alimentos. Vi várias mulheres menores de 30 anos passando pela sexta gestação. São mulheres que nunca fizeram um exame de sangue na vida e deram à luz em suas casas”, disse a tenente Fabíola Marques, ginecologista obstetra, em entrevista ao jornal. “Mesmo assim, elas se ofendem quando oferecemos laqueadura”, completa a médica.
“Além das mulheres, as crianças haitianas também sofrem com a violência doméstica. Depois dos 7 anos, muitas delas são ‘doadas’ para famílias menos pobres e passam a viver numa situação análoga à escravidão. É nesse grupo que os estupros de crianças são mais frequentes. A tenente Fabíola diz que em alguns casos, as crianças de ambos os sexos são ‘tão brutalmente violentadas que acabam sofrendo lacerações'”, diz a matéria do Estadão.
Leia essa matéria na íntegra: Haitianas engravidam para escapar de surras (O Estado de S. Paulo – 07/06/2010)