(O Estado de S. Paulo) O colunista Nelson Motta procura analisar o significado de haver duas mulheres como virtuais candidatas à Presidência no Brasil.
“Duas mulheres candidatas à Presidência da Republica é uma boa novidade em um país machista como o nosso. Mas logo vem o Zé Dirceu, sempre sutil, citando Lula: ‘O Brasil só derrotará o machismo quando eleger uma mulher presidente.’ É mesmo?”
E Nelson Motta cita os exemplos de Michele Bachelet no Chile, Margaret Thatcher na Inglaterra, Angela Merkel na Alemanha, Cristina Kirchner e Isabelita Perón, na Argentina. Teriam elas derrotado o machismo?
“Quando chegam ao poder, as melhores e as piores só têm em comum a anatomia feminina. Algumas dão tantos motivos aos machistas que muitas vezes acabam rejeitadas pelo eleitorado feminino, que prefere votar em homens”, escreve Motta, que termina ponderando que “não há um jeito feminino de governar, só há bom ou mau governo”.
“Em eficiência no poder, ninguém mais duvida da competência das mulheres. E mesmo em corrupção na política, no geral, elas parecem mais honestas, ou menos corruptas, do que os homens. Os mais cínicos acham que elas só roubam menos porque estão chegando agora ao poder e querem mostrar serviço.”
Leia na íntegra: 11/06/2010 – Elas, eles e nós, por Nelson Motta (O Estado de S. Paulo – 11/06/2010)