(Agência Brasil) A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Nilcéa Freire, criticou o fato de a Justiça não ter oferecido proteção à modelo Eliza Samudio, com base na Lei Maria da Penha.
“Não é bastante termos mais delegacias e juizados se as pessoas que lá trabalham não estiverem capacitadas”, destacou. Ela acrescentou que “muitos crimes têm acontecido porque os agentes públicos que atendem as mulheres subestimam aquilo que elas falam, acham que é apenas mais uma briga, desqualificam a vítima”.
A declaração da ministra ocorreu após sua participação na abertura do Fórum de Organizações Feministas para a Articulação do Movimento de Mulheres Latino-Americanas e Caribenhas, em Brasília. A crítica de Nilcéa estendeu-se também à imprensa: “Quando surgem casos, principalmente com pessoas famosas, que chegam aos jornais, é que a sociedade efetivamente se dá conta de que aquilo acontece cotidianamente e não sai nos jornais. As mulheres são violentadas, são subjugadas cotidianamente pela desigualdade”, disse a ministra.
Ainda sobre o caso de Eliza Samudio, a ministra declarou: “Eliza morreu porque contrariou um homem que achou que lhe deveria impor um castigo. Ela morreu como morrem tantas outras quando rompem relacionamentos violentos”.
Acesse a íntegra: Violência contra as mulheres é diária, diz ministra (Agência Brasil – 11/07/2010)
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