(ONU-BR, 04/05/2015) Realizado em Nova York, evento antecipou o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa (3 de maio); representantes da ONU ressaltaram a importância do papel da imprensa na busca pela informação.
Antecipando o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, celebrado anualmente no dia 3 de maio, a ONU e Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) realizaram um evento no dia 1º de maio, em Nova York para difundir o tema desse ano: “Deixe o jornalismo prosperar! Rumo a uma melhor informação, igualdade de gêneros e segurança da mídia na era digital”.
A subsecretária da ONU para Informação Pública, Cristina Gallach, disse que o evento “nos dá uma oportunidade de abordar dois tópicos vitais – igualdade de gênero e segurança dos jornalistas – na era digital onde a proteção da vigilância se tornará cada vez mais importante”. Ela acrescentou que “é apropriado para reafirmar hoje a importância do direito à liberdade de expressão, sem o qual não seríamos capazes de alcançar muitos dos objetivos para 2015”.
Em seu discurso, o presidente da Assembleia Geral, Sam Kutesa, disse que a Assembleia estabeleceu o dia em 1993. Passadas mais de duas décadas, as delegações se reuniram para expressar respeito aos muitos homens e mulheres corajosos que enfrentaram terrenos perigosos para contar as histórias importantes que o mundo precisa ouvir, disse.
“Esses homens e mulheres desempenham seu trabalho fundamental frequentemente em ambientes inóspitos. A partir do conforto e segurança de nossas casas e locais de trabalho, podemos aprender sobre questões importantes de todo o mundo, incluindo alguns eventos obscuros e preocupantes”, disse Kutesa, ressaltando que os jornalistas aproximam a informação do público e, através desse trabalho, ajudam a revelar descobertas importantes e inovações que moldam nosso mundo.
“Sem eles, teríamos dificuldade em saber sobre os desenvolvimentos positivos nos cantos mais distantes do mundo. Da mesma forma, nós nunca ouviríamos os gritos que estão sendo silenciados ou as injustiças cometidas. Nós jamais saberíamos dos abusos perpetrados, reféns sendo tomados ou vidas brutalmente roubadas”.
Observando que este ano, mais de 40 jornalistas e profissionais de mídia já foram mortos no mundo, com muitos mais sendo mantidos como reféns ou simplesmente desaparecendo, ele disse que a Declaração Universal dos Direitos Humanos é clara: a liberdade para todos de procurar, receber e transmitir informações, independentemente das fronteiras não deve ser obstruída.
Falando sobre a questão de igualdade de gênero, George Papagiannis, representante do Escritório de Ligação da UNESCO Nova York, observou que as mulheres detêm apenas 26% dos cargos na governança da mídia.
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