(R7, 07/05/2015) Uma das grandes novidades desta nova fase do Jornal Nacional é a presença de Maria Júlia Coutinho como garota do tempo. Ela tem sido um dos destaques e virou notícia esta semana por ter corrigido William Bonner, seu chefe, ao vivo.
O R7 deu esta notícia, que foi para a página do portal no Facebook. E os comentários foram uma surpresa. Houve vários elogios, mas alguns deles tinham forte conteúdo racista pelo simples fato de Maria ser negra. O pior deles foi de um tal de Venâncio Rodrigues, que nem se sabe se é um perfil real. Ele escreveu para uma internauta, que tinha elogiado a beleza e o talento de Maria Júlia, que só estava falando isso “por ser preta como ela”. Antes ele tinha dito que a jornalista tinha “cabelo ruim”. O comentário causou imediatamente revolta entre os usuários e foi denunciado por vários deles, como você pode ver abaixo (tem até quem tenha curtido o post do sujeito):
O pior é que Venâncio não foi o único. Houve também outros comentários do tipo, como este: “essa repercussão é só porque ela é negra. Se fosse branca, como é normalmente, não seria pauta de matéria”. Mais sem noção impossível, né? É óbvio que qualquer jornalista que “corrija” Bonner ao vivo será notícia na hora, independentemente de ser branco, negro, homem ou mulher. E isso levando em consideração que o que Maria fez foi algo na boa, sem afrontar o âncora de verdade. Maria Júlia apenas lembrou a Bonner que o termo mais apropriado é “tempo firme” e não “tempo bom” quando se fala de que haverá sol. Essa descontração de Maju, como é carinhosamente chamada, é que está dando notoriedade à nova garota do tempo.
Mas o que é inacreditável que hoje em dia ainda exista gente que tenha esta mentalidade. A internet é um campo aberto para as pessoas postarem o que quiserem, o que é algo positivo. O problema é que temos de nos deparar com esse tipo de atitude. Felizmente, ao mesmo tempo em que há gente assim, também há o outro lado, com pessoas que denunciam e combatem esses racistas.
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