(Folha de S.Paulo) Acabar com a miséria é exequível, mas é preciso garantir trabalho e maiores salários para as mulheres
A economista Lena Lavinas, professora associada do Instituto de Economia da UFRJ, analisa a proposta da presidente eleita Dilma Rousseff de erradicar a pobreza, em artigo publicado na Folha de S.Paulo. Segundo sua análise, “investimentos sociais em infraestrutura que liberem a força de trabalho feminina são a melhor maneira de combinar políticas de equidade de gênero com redução da miséria”.
Para elevar a taxa de atividade das mulheres pobres, elas precisam dispor de creches para suas crianças. A criação de 6.000 creches, prevista pela presidenta Dilma, é insuficiente, considerando o déficit da oferta: 82% das crianças até três anos estão fora da creche.
Com a retomada do crescimento, as oportunidades para as mulheres foram ainda tímidas. A taxa de ocupação masculina é de 88%, na média. Isto significa dizer que, de cada 10 homens na faixa etária adulta e produtiva, 8 são ativos. Entre as mulheres, na média, 2 em cada 3 brasileiras se declaram ativas.
O que mais pode contribuir para fazer recuar a pobreza extrema é permitir às mulheres trabalhar em tempo integral, com maiores salários e carteira assinada. É o que vai elevar consideravelmente a renda familiar e afastar da miséria alguns milhões de famílias.
Leia a seguir a matéria na integra: Acabar com a miséria é exequível, com um empurrão das mulheres, por Lena Lavinas (Folha de S.Paulo – 14/11/2010)
Contato com a autora:
Lena Lavinas – economista
Professora associada do Instituto de Economia da UFRJ
Rio de Janeiro/RJ
(21) 8133-6804 – [email protected]