(UOL Notícias) A Justiça da África do Sul aumentou a polêmica sobre a adolescente de 15 anos que foi estuprada por colegas dentro de uma escola de Joanesburgo ao indiciar a garota por manter relações abaixo da idade permitida.
Segundo matéria da BBC Brasil, essa foi a maneira encontrada para indiciar os supostos estupradores, que têm 14 e 16 anos, em razão de os promotores não haverem conseguido evidências suficientes contra os agressores. A adolescente teria sido drogada antes de ser estuprada e o ataque foi filmado com um telefone celular.
A promotoria resolveu então indiciar os dois adolescentes e a vítima por descumprir a lei de crimes sexuais da África do Sul, que proíbe sexo consensual com menores de idade.
A decisão gerou críticas por parte de grupos de direitos da infância. Um deles classificou a decisão de “terrível e perigosa”, afirmando que a medida não serve aos interesses da vítima. A porta-voz da organização Childline South Africa, Lunne Cawood, declarou que a decisão é uma “brutalização” ainda maior da violência sofrida pela adolescente.
Segundo grupos de direitos humanos, uma mulher é estuprada na África do Sul a cada 17 segundos. Mais de 54 mil casos de estupro foram registrados em 2006.