(Rádio Guaíba, 05/10/2015) ‘Não podemos afirmar que a mulher possa matar o seu filho, que retire uma vida’, defendeu a presidente do PMB
A presidente do Partido da Mulher Brasileira (PMB) afirmou hoje que a sigla é feminina e não feminista. Em entrevista à Rádio Guaíba na manhã desta segunda-feira, a presidente da legenda, Suêd Haidar, disse ainda que o objetivo da sigla é manter a paridade entre homens e mulheres no quadro partidário. Com relação ao posicionamento ideológico, a presidente do PMB disse que a sigla se coloca no espectro da centro-esquerda, entre o apoio ao capitalismo e ao socialismo.
“É feminino. Somos um partido de centro-esquerda com um posicionamento entre o capitalismo e o socialismo, com uma tendência maior ao socialismo, ou seja, de esquerda. O PMB buscará sempre a equivalência de 50% para ambos (mulheres e homens). Nós vamos manter esse equilíbrio dentro do partido”, disse Suêd.
Quanto à legalização do aborto, um dos temas mais polêmicos envolvendo os direitos da mulher, a nova legenda é contrária. A presidente defende a manutenção da atual legislação, que permite aborto em casos de violência sexual, fetos anencéfalos e com má formação, ou quando há risco de morte à gestante.
“O aborto é um tema de saúde pública e tem que ser muito discutido, de uma forma aprofundada, levando informação para toda a sociedade, porque não podemos afirmar que a mulher possa matar o seu filho, que retire uma vida”, disse a representante maior do PMB.
O PMB teve seu registro aprovado no último dia 29, se tornando o 35º partido brasileiro. Nas urnas, ficará com o número 35. Além dele, foram registradas pelo TSE, nas últimas semanas, as siglas Rede Sustentabilidade (REDE) e Partido Novo (NOVO).
Gabriel Jacobsen
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