(SEPPIR, 29/02/2016) Em discurso na ONU, ministra Nilma Lino Gomes ressalta que violações não devem ser hierarquizadas
A abertura da 31ª Sessão Ordinária do Conselho de Direitos Humanos aconteceu na manhã desta segunda-feira (29), na sede da ONU em Genebra. Representando o governo brasileiro, a ministra das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Nilma Lino Gomes, falou da necessidade de se somar esforços para que as ações do Conselho solucionem, de forma concreta e duradoura, todas as violações. Ela ressaltou que é preciso resistir à tentação de hierarquizar as opressões, afirmando que “as vítimas são as que mais sofrem as cruéis consequências da seletividade e da politização”.
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Sobre o combate ao racismo e discriminação racial, a ministra destacou que o Brasil assumiu compromissos na esfera internacional e que a igualdade de direitos e oportunidades é um vetor da política externa brasileira. Segundo ela, a democracia não pode avançar sem a realização equitativa de direitos e sem o enfrentamento a toda forma de discriminação e intolerância. Nesse contexto, citou a importância das ações voltadas para a promoção da igualdade de gênero, lembrando que o país é majoritariamente feminino e afrodescendente. “Promover a realização equitativa de oportunidades, inclusive por meio de ações afirmativas, não é apenas um imperativo de justiça, mas uma aposta em um futuro melhor”, disse.
A ministra falou, ainda, sobre a Década Internacional dos Afrodescendentes, as políticas voltadas para os segmentos mais vulneráveis, como as crianças e adolescentes, idosos e pessoas com deficiência, e dos esforços do Brasil na conquista dos Objetivos da Agenda 2030. E aproveitou a ocasião para fazer um convite especial aos participantes: “O Brasil espera, de braços abertos, cidadãos de todo o mundo para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, no Rio de Janeiro”, complementando que o país está convencido de que “o esporte é um instrumento de promoção da paz, da inclusão social e da tolerância”.
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