(iG/ Delas, 06/03/2016) Secretária nacional de enfrentamento à violência, Aparecida Gonçalves analisa aumento da crueldade contra a mulher e um ano de lei do feminicídio
Há um ano, entrou em vigor a lei 13.104/15, que alterou o código penal para incluir mais uma modalidade de homicídio qualificado, o feminicídio: quando crime for praticado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino.
De acordo com o Instituto Avante Brasil, uma mulher morre a cada hora no Brasil. Quase metade desses homicídios são dolosos praticados em violência doméstica ou familiar através do uso de armas de fogo; 34% são por instrumentos perfuro-cortantes (facas, por exemplo); 7% por asfixia decorrente de estrangulamento, representando os meios mais comuns nesse tipo ocorrência.
Para Aparecida Gonçalves, secretária nacional de enfrentamento à violência, meses depois, ainda há muito o que fazer. “Temos que falar em feminicídio e traçar as diretrizes de investigação desse crime. A crueldade contra a mulher cresce e se espalha quando não debatemos o que está acontecendo. Antigamente, os estupros ocorriam no escuro, no beco, no anonimato; agora são coletivos e em público”, alerta Aparecida Gonçalves. “Depois de um ano da lei, estamos preparando um comparativo, que deve ser divulgado em breve e ajudar nas políticas de combate. A mulher não pode continuar aceitando e sendo culpabilizada pelos crimes contra ela”, finaliza Aparecida.
Leia a íntegra no Portal Compromisso e Atitude: Feminicídio: “Estupros eram no escuro, no beco; agora são coletivos, em público” (iG/ Delas – 06/03/2016)