(O Estado de S. Paulo/Folha de S.Paulo) Um ativista homossexual ugandense, cuja foto foi publicada recentemente em um tabloide com um texto pedindo que os gays fossem “enforcados”, foi espancado até a morte em sua casa, segundo informou a polícia local.
David Kato, dirigente da Sexual Minorities Uganda (“Minorias Sexuais de Uganda”), era um dos mais conhecidos defensores dos direitos dos homossexuais em um país onde a homofobia é generalizada e líderes do governo chegaram a propor que os gays fossem executados.
Kato e outros homossexuais já haviam alertado que suas vidas estavam em perigo e há quatro meses o jornal local Rolling Stones publicou uma lista de homossexuais com a foto de Kato na primeira página.
O ativista foi morto a golpes de martelo na cabeça, segundo a porta-voz da polícia Judith Nabakooba, que declarou não considerar que se trata de um “crime de ódio”. “Parece mais um roubo, já que algumas coisas foram furtadas”, disse a porta-voz. Mas outros ativistas discordam, dizendo que Kato foi escolhido por sua defesa aberta pelos direitos dos homossexuais.
Líderes da igreja ugandense redigiram um projeto de lei contra a homossexualidade, ainda pendente de aprovação, em conjunto com evangélicos norte-americanos.
Leia as matérias na íntegra:
Ativista gay é espancado até a morte em Uganda (O Estado de S. Paulo – 28/01/2011)
Ativista de direitos gays de Uganda é espancado à morte (Folha de S.Paulo – 28/01/2011)