(Folha de S.Paulo) Duas mulheres detidas no Presídio Feminino de Santana, na zona norte de São Paulo, eram até o início deste mês “presas invisíveis” do sistema penitenciário paulista. Cumpriam pena em regime fechado, porém, como o Judiciário não recebeu comunicado das detenções, os processos estavam parados. Sheila Catharina Ambrósio, 27, e Cláudia Maria Tomaz, 31, não podiam se defender nem pedir progressão de regime que, em tese, já tinham direito a pleitear.
Um mutirão realizado pela Defensoria Pública descobriu os dois casos. O objetivo é atender as 11 mil detentas do Estado ao longo de um ano.
De acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária, 9 dos 13 presídios e centros de ressocialização femininos que o órgão administra estão superlotados. Além disso, nos últimos quatro meses, a defensoria entrevistou 2.017 presas – destas, 1.515 (75%) disseram não ter advogados.
Leia na íntegra: Invisíveis para o Judiciário, presas ficam até dois anos sem defesa / 9 dos 13 presídios femininos em SP estão lotados (Folha de S.Paulo – 14/02/2011)