(Folha de S.Paulo) Hildete Pereira de Melo, pesquisadora da Faculdade de Economia da Universidade Federal Fluminense, faz uma análise sobre uma das mais antigas e exploradas formas de trabalho assalariado – o emprego doméstico.
De acordo com a estudiosa, “são condições de trabalho marcadas pelo estigma herdado socialmente de desvalorização do trabalho feminino na realização das tarefas de reprodução da vida.” Para ela, isso também ocorre por causa do enorme desequilíbrio na distribuição de renda pessoal na sociedade atual.
Latino-americanas migram em busca de trabalho
São 6,7 milhões de trabalhadoras domésticas brasileiras (PNAD 2009). Atualmente, estão juntando-se a elas mulheres dos países vizinhos. Relatos da Pastoral do Migrante mostram o crescimento desse fluxo e as péssimas condições de trabalho dessas mulheres, muitas delas vivendo na ilegalidade. A situação do emprego doméstico é agravada porque a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) exclui essas trabalhadoras do texto legal.
Matéria da Folha de S. Paulo aponta ainda que “o avanço da escolaridade das brasileiras mais jovens e a migração das trabalhadoras para empregos no comércio e na área de serviços fizeram com que aumentasse o percentual de mulheres com mais de 40 anos atuando como empregadas domésticas”.
Acesse os artigos:
Trabalho doméstico é eterno refúgio de mulheres pobres, por Hildete Pereira de Melo (Folha de S.Paulo – 20/02/2011)
Cresce número de domésticas com mais de 40 anos, diz Dieese (Folha de S.Paulo – 20/02/2011)
Latina busca vaga de doméstica no país (Folha de S.Paulo – 20/02/2011)
Imigrantes legais diversificam sua atividade em SP (Folha de S.Paulo – 20/02/2011)