(Folha de S.Paulo) Editorial da Folha comenta pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo e pelo Sesc na qual 27% das mulheres entrevistadas em 25 Estados declararam-se vítimas de maus-tratos verbais durante o trabalho de parto em hospitais públicos.
“Alguns abusos não se limitam a palavras e ganham a força de atos. Um décimo das entrevistadas que tiveram filhos na rede pública relataram exames de toque dolorosos, presumivelmente realizados com rudeza. Outro tanto teve meios de alívio para a dor negados – ou não oferecidos.”
“O padrão áspero se reproduz nos estabelecimentos privados. Em proporção menor, é verdade, pois se registram queixas similares por parte de 17% das entrevistadas; mas não menos escandaloso, da perspectiva da ética médica. Não causar danos, afinal, é um de seus primeiros preceitos.”
“São muitos os males que rondam o sistema hospitalar, do subfinanciamento do SUS à deficiência na formação de profissionais, dos preços irrisórios pagos pelos convênios por procedimentos à superexploração da mão de obra barata de residentes de medicina.”
Leia na íntegra: Agressão hospitalar, editorial (Folha de S.Paulo – 28/02/2011)