(Rádio Câmara, 28/04/2016) Após muita polêmica, a Câmara criou, ontem, a Comissão de Defesa dos Direitos das Mulheres. Erika Kokay, do PT do Distrito Federal, criticou o que chamou de manobra do presidente da Casa para excluir do âmbito do colegiado questões importantes para as mulheres, como aborto e direitos reprodutivos.
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Erika Kokay parabenizou ainda o governo federal por assinar, hoje, um decreto para que órgãos e entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional utilizem o nome social da pessoa transexual ou travesti em documentos funcionais, crachás e publicações no Diário Oficial.
Ana Perugini, do PT de São Paulo, também repudiou a forma como foi conduzida a votação do projeto que cria as comissões de Defesa dos Direitos da Mulher e do Idoso.
Para Ana Perugini, o presidente da Câmara coordenou um ato discriminatório contra as mulheres, quando colocou em votação emenda para deixar de fora do âmbito da comissão das mulheres temas relacionados ao nascituro e ao aborto. A análise sobre esses casos caberá à Comissão de Seguridade Social e Família.
Depois de muita polêmica, a Câmara aprovou, nesta madrugada, a criação de duas novas comissões permanentes: de Defesa dos Direitos da Mulher e de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa. Soraya Santos, do PMDB fluminense, avaliou que os novos colegiados serão fundamentais para criar políticas públicas voltadas a esses dois segmentos da sociedade.
Soraya Santos ressaltou que, embora tenha havido discordâncias durante a votação, a bancada feminina está unida e disposta a lutar por mais igualdade nas questões de gênero. Para a deputada, ainda existe muito preconceito e injustiça com as mulheres.
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