(Blog do Sakamoto) O jornalista Leonardo Sakamoto, coordenador da ONG Repórter Brasil, escreve sobre a situação de desvantagem das mulheres jornalistas nas redações brasileiras. Apesar de maioria, ainda são pouquíssimas as profissionais que chegam aos cargos de comando e que escrevem editorias. Elas são mais testadas; recebem salários menores; enfrentam piadas machistas; sofrem pressão durante a gravidez. Confira abaixo trechos do artigo:
“Raras são as empresas pelas quais já passaram mulheres pela direção. E as aquelas que lá chegam, têm que aguentar piadas e desconfianças. Podem não admitir em público, mas são muitas as histórias de frases como “liga não, é TPM daquela jornalista louca” ditas por fontes para justificar a publicação de determinada denúncia. Isso para ficar em formas leves de truculência.”
“Há poucas dentre as equipes que escrevem os editoriais – sabe como é, opinião é coisa séria, não dá para deixar na mãos das mulheres. Na média, também recebem salários menores que os nossos. Se forem negras então, afe! Na universidade pública, estudei com apenas uma negra, uma das mais competentes jornalistas que conheci. Mas só uma, dentre 25 pessoas.”
“Cansei de contar as vezes que ouvi de amigas histórias de chefes que as assediaram abertamente no final de fechamentos.”
“Lembrando que isso se aplica a todos – da imprensa mais progressista à mais conservadora. Pois idiotice não é monopólio ideológico de determinado grupo, bem pelo contrário, está espalhada, solta por aí.”
Leia este post na íntegra: A dura vida das jornalistas brasileiras (Blog do Sakamoto – 07/03/2011)