(O Estado de S. Paulo, 21/06/2016) Segundo ele, 100 mil norte-americanos devem viajar ao Rio.
Indicado pelo presidente Barack Obama como novo embaixador dos Estados Unidos no Brasil, o diplomata Peter Michael McKinley disse nesta terça-feira ter segurança de que o País terá recursos para proteger sua população e visitantes estrangeiros da ameaça do vírus zika durante a Olimpíada.
Segundo ele, cerca de 100 mil norte-americanos devem viajar ao Rio para acompanhar os Jogos Olímpicos de perto. Questionado durante sabatina no Senado sobre a crise do setor de saúde no Brasil, McKinley afirmou que o risco de infecção por zika durante a Olimpíada é “extraordinariamente baixo”.
Repetindo orientação do Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC), ele afirmou que o único segmento da população que deve evitar viagens ao Brasil são mulheres grávidas. O diplomata ressaltou que os EUA e o Brasil cooperam no combate à zika e no desenvolvimento de vacina contra o vírus.
Fanático por futebol, McKinley viveu no Brasil durante dois anos, no início de sua adolescência. Em 2014, ele esteve no Rio para a Copa do Mundo.
A ameaça da zika foi levantada na sabatina pelo senador democrata Edward Markey, que questionou o embaixador sobre a possibilidade de colapso do sistema de saúde público do Brasil como consequência da crise fiscal enfrentada pelo País. McKinley respondeu que o sistema público de saúde no Brasil causa “inveja” a outras nações em desenvolvimento. O diplomata ressaltou que a nação tem uma forte infraestrutura de saúde, que já demonstrou sua eficiência no combate a outras doenças, como Aids.
Atual embaixador dos EUA no Afeganistão, McKinley elogiou a resposta do Brasil à ameaça da zika, ressaltando que centenas de milhares de pessoas foram mobilizadas em todo o País em campanhas de conscientização da população e de combate ao mosquito transmissor do vírus.
Claudia Trevisan – O Estado de S. Paulo
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