(O Estado de S. Paulo) Pesquisa indica que 92% das mulheres acreditam que as pessoas reparam nos defeitos que elas têm; 21% dizem-se insatisfeitas com a aparência, enquanto 71% estão satisfeitas apenas em parte. Para 40%, isso atrapalha os relacionamentos pessoais, sociais e profissionais. Feita com 3.385 mulheres (36% de São Paulo), a pesquisa A Beleza da Mulher Brasileira foi encomendada pela rede de clínicas de estética Onodera e aplicada pela empresa Sophia Mind, que estuda o universo feminino.
“O conceito de beleza ainda pesa na autoestima. Quando a mulher se sente bonita, fica mais segura, o que influencia no modo como se relaciona. Ela não precisa estar magra para alcançar sucesso profissional. Mas assim ela se sentirá confiante e haverá reflexos no trabalho”, diz Bruno Maletta, sócio e coordenador de pesquisas da Sophia Mind.
A psiquiatra Jocelyne Levy Rosenberg explica que a preocupação excessiva com a beleza pode ser sinal de algo mais grave. “Um dos primeiros quesitos para o diagnóstico de transtorno de imagem é o pequeno defeito que interfere nas relações.” Ela critica também o incentivo precoce à vaidade em meninas. “Deixar que uma criança de 6 anos pinte as unhas é afirmar que chamar a atenção é positivo.”
Dados da pesquisa
92% acreditam que as pessoas reparam em seus defeitos físicos
55% valorizam características pessoais em relação às físicas
98% creem que a relação com o parceiro tem interferências relacionadas com beleza e bem-estar
97% acham que a relação profissional sofre interferência quando algum aspecto de beleza ou bem-estar não está bem
Leia na íntegra: Insatisfeitas com o espelho (O Estado de S. Paulo – 11/04/2011)