(O Estado de S. Paulo) As mulheres são 42% dos 44 milhões de trabalhadores formais do País e ganham, em média, 17% menos do que os homens (Rais 2010). A situação fica ainda mais extremada para as trabalhadoras com nível superior completo, que são 59% e ganham, em média, 41% a menos do que seus colegas que estudaram tanto quanto elas. Na média, são R$ 2.150 a mais para os homens todo mês.
Qual o motivo de a maioria das mulheres ficar confinada à base da pirâmide profissional é o tema da coluna de José Roberto de Toledo. Para o jornalista, o acesso aos postos do topo é dificultado por barreiras culturais, preconceitos e até intimidação sexual.
Cumplicidade silenciosa
Cumplicidade silenciosa
Para Toledo, o ex-chefe do FMI é o lado violento de um comportamento comum. “Na quinta-feira, o jornal The New York Times contou como funcionárias do Fundo Monetário Internacional evitam usar saias para não atrair a atenção indesejada dos chefes. Em 2008, o FMI julgou que seu comandante, Dominique Strauss-Khan, não violara nenhuma regra ao levar para a cama uma economista subordinada a ele.
DSK, como é chamado na França, sempre contou com a cumplicidade silenciosa da imprensa francesa para seus casos extraconjugais e assédios a mulheres que se aproximavam profissionalmente.”
Leia artigo na íntegra: Elevador quebrado, por José Roberto de Toledo (O Estado de S. Paulo – 23/05/2011)