Levantamento mostra disparidade salarial entre gêneros nos EUA
(O Globo, 23/09/2016 – acesse no site de origem)
As mulheres de Nova York têm a menor desigualdade salarial de todos os 50 estados americanos e recebem US$ 0,89 por cada dólar que seus colegas do sexo masculino ganham. Dificilmente isso soará como uma boa notícia — até que se vejam os números de Wyoming. Apelidado de estado Igualitário, cujo lema é “Igualdade de direitos”, Wyoming é um lugar onde ser mulher não compensa muito — na verdade, lá, paga-se às mulheres apenas US$ 0,64 por cada dólar do salário de um homem, a pior proporção nos EUA. O avanço para reduzir a desigualdade salarial entre os gêneros em todo o país desacelerou desde 2001, de acordo com “The Simple Truth About the Gender Pay Gap”, um relatório publicado pela American Association of University Women (AAUW). Se a mudança persistir nesse ritmo, as mulheres americanas ganharão o mesmo que os homens por volta de 2152.
Ao mesmo tempo, no entanto, a proporção de renda entre homens e mulheres em todo o país foi de 79,6% no ano passado, a menor em dados ajustados à inflação que remontam a 1960. E a perspectiva para a paridade difere drasticamente entre os estados.
Muito se debate sobre como interpretar a desigualdade salarial entre os gêneros. Quem usa como prova de discriminação o tão citado dado estatístico de que nos EUA as mulheres ganham US$ 0,78 para cada dólar recebido por um homem (o número está mais para US$ 0,80) não está usando a mesma medida para a comparação, argumentam alguns pesquisadores que citam diferenças na quantidade de horas trabalhadas e na escolha profissional, entre outras.
O ceticismo em relação a esse indicador é válido, diz Catherine Hill, vice-presidente de pesquisa da AAUW. Esse número é abrangente e mistura muitas coisas, como idade e ocupação. Ela afirma que esse número é mais interessante para evidenciar tendências, como a redução da diferença salarial durante as décadas de 1980 e 1990, “quando as conquistas acadêmicas das mulheres atuaram como um motor”, e a estagnação da linha que marca essa diferença nos últimos 15 anos.
Ao mesmo tempo, no entanto, a proporção de renda entre homens e mulheres em todo o país foi de 79,6% no ano passado, a menor em dados ajustados à inflação que remontam a 1960. E a perspectiva para a paridade difere drasticamente entre os estados.
Muito se debate sobre como interpretar a desigualdade salarial entre os gêneros. Quem usa como prova de discriminação o tão citado dado estatístico de que nos EUA as mulheres ganham US$ 0,78 para cada dólar recebido por um homem (o número está mais para US$ 0,80) não está usando a mesma medida para a comparação, argumentam alguns pesquisadores que citam diferenças na quantidade de horas trabalhadas e na escolha profissional, entre outras.
O ceticismo em relação a esse indicador é válido, diz Catherine Hill, vice-presidente de pesquisa da AAUW. Esse número é abrangente e mistura muitas coisas, como idade e ocupação. Ela afirma que esse número é mais interessante para evidenciar tendências, como a redução da diferença salarial durante as décadas de 1980 e 1990, “quando as conquistas acadêmicas das mulheres atuaram como um motor”, e a estagnação da linha que marca essa diferença nos últimos 15 anos.