Médicos examinaram 103 grávidas suspeitas de estarem infectadas com o vírus, a maioria no último trimestre de gestação. Do total, 27 deram positivo
(Prensa Latina, 20/10/2016 – Acesse no site de origem)
Desde seu aparecimento em novembro de 2015, as autoridades de saúde confirmaram um total de 461 casos de zika no Panamá, deles, 422 em 2016.
Entre as regiões mais afetadas, se destacam a região metropolitana da cidade capital (174) e a comarca Guna Yala (136), que teve apenas 32 casos importados.
Segundo o Ministério de Saúde (Minsa), até o momento, os médicos examinaram 103 grávidas suspeitas de estarem infectadas com o vírus, a maioria no último trimestre de gestação, ainda que só 27 deram positivo, das quais uma provém de outro país.
Sobre esse tema, as autoridades de saúde explicaram que até este mês foram reportadas quatro complicações neurológicas relacionadas ao zika, três delas com a síndrome Guillain-Barré e uma de encéfalo-cerebelite.
No começo de fevereiro deste ano, o governo destinou um fundo de 10 milhões de dólares para combater o zika, devido ao incremento de casos em todo o país de uma doença que não conta com vacina nem medicamentos para tratar ou prevenir sua proliferação.
De acordo com estudos realizados, quatro em cada cinco pessoas que contraem a infecção podem não apresentar nenhum sintoma, daí a complexidade no combate.
O Minsa também ofereceu detalhes sobre a dengue, doença cuja maior incidência se registra na província de Bocas del Toro (481), na região metropolitana da capital (331), San Miguelito e Panamá Norte (216), e Panamá Leste (180).
Um total de 17.367 moradias foram inspecionadas, nas quais 464 recipientes deram positivo aos mosquitos Aedes albopictus e aegypti, este último transmissor do zika, da dengue e da chikungunya, doença que mantém em 11 o número de casos reportados até setembro, dos quais cinco são importados.
O distrito de San Miguelito na capital é o de maior índice de infestação da dengue, com 4,9% dos casos, seguido da comarca Guna Yala (4,2), Panamá Metro (4,0), Panamá Oeste (3,3), Bocas del Toro (2,4) e Chiriquí (2,3), segundo o boletim epidemiológico do Minsa.
Quanto à malária, depois de quatro anos de não se registrar casos autóctones de Plasmodium falciparum no país, este ano foram contabilizados 21 na província fronteiriça de El Darién, surto que segundo as autoridades de saúde foi devido ao movimento migratório de panamenhos para território colombiano.
Por último, o epidemiologista do Minsa Israel Cedeño afirmou que as infecções pelo vírus A(H1N1) diminuíram, como consequência do principal período de incubação dessa doença já ter passado.
Este ano, o governo investiu 6,5 milhões de dólares na compra de vacinas para proteger a população mais vulnerável de contrair a influenza, também conhecida como gripe, doença que provocou a morte de mais de 60 pessoas.