Secretário-geral afirma que papel feminino é vital para prevenir conflitos e manter a paz; ele diz sentir vergonha dos crimes cometidos contra mulheres e meninas.
(Rádio ONU, 25/10/2016 – acesse no site de origem)
O Conselho de Segurança celebra esta terça-feira os 16 anos da resolução 1325, sobre Mulheres, Paz e Segurança. O órgão promoveu um debate aberto sobre o tema, com a participação do secretário-geral.
Ban Ki-moon declarou que “as mulheres têm papel vital em prevenir conflitos e manter a paz”. Mas ele lembra que muitas vezes, elas são impedidas de participar de decisões envolvendo a resolução de conflitos.
Violência Sexual
O chefe da ONU disse que quando tomou posse, há 10 anos, apenas quatro países tinham planos nacionais de ação sobre mulheres, paz e segurança e atualmente, já são 63 nações com medidas do tipo.
Muitos países também se comprometeram a prevenir e resolver violência sexual durante conflitos. Mas apesar dos progressos, Ban Ki-moon lamenta que a situação ainda não seja justa.
O secretário-geral afirmou sentir “vergonha das atrocidades que continuam sendo cometidas contra mulheres e meninas, inclusive por parte dos próprios soldados de paz da ONU”.
Participação
Ban Ki-moon disse ainda estar “irritado com a continuação da exclusão política das mulheres. Segundo ele, processos de paz, programas humanitários e planos de consolidação da paz muitas vezes ignoram as mulheres e falham em proteger seus direitos”.
O chefe da ONU citou as vítimas do Daesh (acrônimo em árabe para o Isil) no Oriente Médio e do Boko Haram na África.
No Conselho de Segurança, Ban fez um apelo para que as mulheres estejam no centro do trabalho dos países-membros e para que sejam ouvidas durante discussões sobre prevenção de conflitos e consolidação da paz.
Leda Letra