Estudo foi feito pelo Instituto Oswaldo Cruz
(Revista Crescer, 16/11/2016 – acesse no site de origem)
Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) estudam possíveis motivos para a ampla transmissão do vírus zika pelo Brasil, aquele que causa a microcefalia em bebês. Uma das hipóteses era que, além do Aedes aegypti, outros tipos de mosquitos pudessem ter condições de infectar as pessoas.
No entanto, uma pesquisa realizada no Rio de Janeiro com o Culex quinquefasciatus (aquele mosquito mais comum, conhecido como pernilongo ou muriçoca) revelou que o inseto não é capaz de transmitir o zika aos humanos. O estudo aconteceu de janeiro a março de 2016, quando os cientistas coletaram amostras de ovos do Culex em quatro bairros do município de Rio de Janeiro.
Os ovos foram então encaminhados para o laboratório, onde deram origem aos mosquitos, que foram alimentados com sangue infectado pelo zika. Nas análises, nenhuma partícula viral foi identificada na cabeça ou saliva dos insetos, o que mostra que o zika não consegue concluir seu ciclo de vida quando está dentro do pernilongo.
Para grávidas, fica o alívio de não precisar se preocupar com o pernilongo comum. Mas a recomendação ainda é se proteger contra o Aedes aegypti.