(O Estado de S. Paulo) A cada quatro dias, pelo menos um estupro foi registrado entre janeiro e maio deste ano em delegacias de bairros nobres ou regiões com grande concentração de bares badalados na capital paulista. O número foi divulgado pela Secretaria da Segurança Pública, que informa também um aumento de 10,7% no número de estupros em relação aos cinco primeiros meses de 2010.
Juntas, as delegacias do Itaim-Bibi (15.ºDP), Campo Belo (27.ºDP), Pinheiros (14.ºDP), Perdizes (23.ºDP), Santa Cecília (77.ºDP), Brooklin (96.ºDP), Santo Amaro (11.ºDP) e Cambuci (6.ºDP) acumulam 42 registros de estupro, nos quais a maioria das vítimas é mulher, já adulta, que passava pela rua ou estava dentro de residências. Mas há também relatos de ataques sexuais em ônibus, cemitérios e até em um hospital.
Desde 2009, o crime de estupro foi unificado com o crime de atentado violento ao pudor, segundo a Lei 12.015/2009, e mesmo sem o ato sexual consumado o crime é considerado estupro.
Para o comandante da Polícia Militar, Alvaro Batista Camilo, esse delito é difícil de se combater. “Ocorre longe das vistas da polícia e na maioria das vezes entre pessoas conhecidas, muitas vezes parentes, primos e dentro da própria casa.” Segundo ele, o estupro não tem classe social, ocorre em toda a cidade e é uma ação premeditada.
Já a delegada Joceleide Caetano de Souza, titular da 8.ª Delegacia de Defesa da Mulher, na zona leste, diz que atualmente as mulheres têm denunciado mais esse crime. “Em estupros praticados na rua e de autoria desconhecida, a maior parte das mulheres registra, pois tem medo de eventual gravidez e doenças.”
Veja a notícia completa: Bairros nobres têm 1 estupro a cada 4 dias (O Estado de S. Paulo – 28/06/2011)