Já se perguntou onde está a Maria da Penha da sua rua, do seu prédio, da sua faculdade, do bar que você frequenta ou da creche que seu filho vai? E já tentou identificar quem, no seu círculo de convivência, pode ser um agressor de mulheres? Se você vai na linha do “não, isso é assunto da vida privada, não me interessa” ou “sei quem apanha do marido no meu prédio, mas isso não me diz respeito”, é válido você entender por que esse tipo de resposta está caindo em desuso. A violência doméstica, nosso tema central desta edição, não é mais assunto particular nem privado. Primeiro porque as portas e janelas se abriram há exatos 10 anos, como mostra a reportagem A era Maria da Penha em 5 dados contextualizados, que traz mudanças e impactos causados no sistema de justiça e no comportamento da sociedade após a Lei 11.340, aprovada em 2006.
(Gênero e Número, 27/11/2016 – acesse a íntegra no site de origem)
Segundo, porque já há dados suficientes para se entender que o agressor que dá um “grito e um empurrão” hoje é o mesmo que pode apontar uma arma para uma mulher amanhã, por ser alguém que carrega para as relações padrões violentos e machistas. Então, ao ignorar a agressão alheia, por mais que não lhe pareça grave, pode-se estar ignorando um futuro feminicídio.
A revista Gênero e Número lança sua quarta edição e fala sobre dados de violência doméstica e Lei Maria da Penha. Confira outras matérias:
A Era Maria da Penha em 5 dados contextualizados
A proteção da Lei pode não ser o bastante
Vídeo: Racismo agrava cenário de mortes anunciadas
Quando não mata, violência deixa marcas e dura batalha judicial para as mulheres
Seção América Latina – NOVIDADE
Com pressão internacional, condenações de Estado beneficiam luta contra a aviolência
América Latina avança em legislação para mulher, mas ainda não contém violência
Seção Código-fonte:
Dados precários são obstáculos para avançar no enfrentamento da violência doméstica