Agência reguladora americana está em negociação com os estúdios. Em 2016, apenas 7% dos diretores eram mulheres.
(HuffPost Brasil, 20/02/2017 – acesse no site de origem)
Em 2016, as mulheres representaram apenas 7% de todos os diretores dos 250 filmes de maior bilheteria nos Estados Unidos, de acordo com o levantamento da San Diego State University. E a porcentagem é 2% menor do que o que foi registrado em 2015. Este ano, por exemplo, Ava Duvernay é a única diretora indicada ao Oscar.
Diante deste cenário, o Equal Employment Opportunity Commission (EEOC), órgão federal que regula o cumprimento dos direitos civis contra a discriminação no local de trabalho, deve tomar medidas legais contra os principais estúdios cinematográficos de Hollywood.
Segundo o site Deadline, a agência reguladora já está em negociações para resolver as acusações de que os estúdios discriminam sistematicamente a contratação de diretoras. “Cada um dos grandes estúdios recebeu uma acusação alegando que eles não foram capazes de contratar mulheres”, compartilhou uma fonte que preferiu não ser idetificada.
A investigação sobre possíveis descumprimentos da legislação americana começou em outubro de 2015. O processo agora está em busca de finalizações e a fonte ouvida pelo Deadline afirma que uma ação judicial deve ser movida, caso não haja nenhuma resolução.
Em dezembro de 2016, o Directors Guild of America (DGA) pediu aos produtores que adotassem um programa de incentivo às minorias nas contratações.
O projeto seria similar ao que já acontece em outras instituições. A liga de futebol americano nacional (NFL) possui a regra Rooney que incentiva as equipes a considerar candidatos negros no momento de contratação dos técnicos, por exemplo.
No caso de Hollywood, a DGA recomendou que isso acontecesse para outros grupos, inclusive mulheres.
Ana Beatriz Rosa