Não é possível, no meio rural, igualar a aposentadoria de homens e mulheres. A afirmação foi feita há pouco por Francisco Dal Chiavon, representante do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) na audiência pública que a comissão especial que analisa a reforma da Previdência realiza neste momento.
(Agência Câmara, 22/03/2017 – acesse no site de origem)
Segundo ele, as mulheres do campo têm dupla jornada e serão prejudicadas pela reforma proposta pelo governo, que iguala a aposentadoria de homens e mulheres (idade mínima a partir dos 65 anos).
Dal Chiavon disse ainda que a elevação da idade mínima para 65 anos – hoje é de cinco anos a menos para homens e de dez anos para milhares do campo – vai impossibilitar que milhares de trabalhadores rurais acessem os benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), pois eles não chegam a completar essa idade.
“É injusto tratar dessa forma os brasileiros que produzem os alimentos”, disse o representante do MST, que pediu a manutenção da especificidade dos trabalhadores rurais na Previdência Social.