Parte das homenageadas desenvolve ações no combate à violência doméstica
Presidida pela deputada Márcia Lia (PT), sessão solene realizada em 31/3 promoveu a entrega do Prêmio Beth Lobo de Direitos Humanos das Mulheres 2017. O prêmio foi criado em 2012, por iniciativa do ex-deputado Adriano Diogo, então presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, para premiar pessoas e entidades que se destacaram na defesa dos direitos das mulheres e no enfrentamento da violência de gênero.
(ALESP, 03/04/2017 – acesse no site de origem)
Por indicação de Márcia Lia, foi premiada Sônia Coelho, coordenadora do movimento Marcha Mundial das Mulheres e da Sempre Viva Organização Feminista. “Essa luta é essencial para o empoderamento feminino e no enfrentamento à violência doméstica contra mulheres”, afirmou a deputada.
Também presente no evento, o deputado João Paulo Rillo (PT) indicou a jornalista Laura Capriglione, idealizadora da rede Jornalistas Livres. Para Rillo, realizando a “comunicação do oprimido”, os Jornalistas Livres não estão registrando a história: “Eles estão disputando a história, exercendo resistência ao golpe e lutando pela democracia e contra a opressão”.
Esta foi a segunda vez que Laura Capriglione foi agraciada com o prêmio Beth Lobo. Na primeira edição da solenidade, em 2013, Laura e outras quatro jornalistas foram homenageadas por suas reportagens sobre a violenta desocupação do bairro Pinheirinho, realizada pela Policia Militar de São Paulo e a Guarda Civil Metropolitana de São José dos Campos.
A deputada Clélia Gomes (PHS) indicou para o prêmio a coordenadora de Políticas para a População Negra e Indígena do Estado de São Paulo, Roseli de Oliveira. A coordenadora disse ter feito questão de participar da cerimônia paramentada como ialorixá para destacar o preconceito que as religiões de matriz africana ainda sofrem no Brasil, inclusive aquelas perpetradas por bancadas organizadas no Parlamento e por grupos religiosos neopentecostais.
A coronel PM Helena dos Santos Reis foi indicada pelo deputado Coronel Telhada (PSDB), representado no evento pela assessora Melina Lourenço. Secretária-chefe da Casa Militar e coordenadora estadual de Defesa Civil, a coronel é entusiasta dos programas de mediação comunitária, principalmente em relação aos casos de violência doméstica. Segundo ela esses programas têm a capacidade de mudar a postura de submissão das mulheres em relação a seus agressores. Ela informou que 52% das mulheres vítimas de violência não denunciam seus agressores, o que acaba impedindo a ação estatal.
Da Redação: Fabiano Ciambra