Anna Möller, PhD do Karolinksa Institute e do Stockholm South General Hospital, na Suécia, liderou um estudo que analisou quase 300 mulheres vítimas de estupro atendidas em serviços de saúde de emergência. A maioria delas –70%– relatou “imobilidade tônica significativa”, termo técnico para inibição motora temporária e involuntária diante de ameaça extrema, segundo o site “Hello Giggles”.
(UOL, 12/06/2017 – acesse no site de origem)
Desse grupo, 48% relatou ter tido “imobilidade tônica extrema”. Esses números querem dizer que a maioria das mulheres simplesmente congela.
A constatação da impossibilidade física de lutar é importante para a elaboração de uma legislação que proteja, de fato, as vítimas. Em Maryland, nos Estados Unidos, havia uma lei –abolida no início deste ano– que determinava que as mulheres deveriam provar que haviam lutado antes de o Estado processar os agressores.
O estudo do Karolinksa Institute e do Stockholm South General Hospital também mostrou que 38% das vítimas desenvolveram estresse pós-traumático (doença que pode ser tratada, mas que não tem cura), e 22% delas tiveram depressão severa. As que relataram “imobilidade tônica extrema” foram mais suscetíveis a ter estresse pós-traumático e depressão.