Denúncias de assédio sexual em ônibus, trens e no metrô de São Paulo crescem 650% em cinco anos
(UOL, 29/11/2017 – acesse a íntegra no site de origem)
O número de denúncias de assédio sexual no transporte público vem crescendo anualmente no Estado de São Paulo. Em 2017, já foram 514 casos – um aumento de 650% em comparação aos registros de 2012. Eles ocorrem em ônibus municipais, intermunicipais e rodoviários, trens e no metrô. As abordagens vão desde toques sem consentimento a ejaculações e até penetrações.
Especialistas entrevistados pelo UOL afirmaram que os números refletem principalmente um aumento no número de notificações. Ele estaria acontecendo devido a uma maior conscientização da população sobre o problema do assédio sexual — tendência que pode ser atribuída, em parte, a campanhas publicitárias e à abordagem do assunto na mídia.
Segundo dados da SSP (Secretaria da Segurança Pública), obtidos com exclusividade pelo UOL através da Lei de Acesso à Informação, em todo o ano de 2012 foram registrados no Estado 68 assédios sexuais e atos libidinosos no transporte público — uma média de um caso a cada 5 dias. Já entre janeiro e outubro de 2017, a média de assédios foi de quase dois casos por dia.
O governo de São Paulo afirma que os policiais têm treinamento para lidar com esse tipo de caso, e ressalta que o Estado conta com uma rede – em expansão – de 133 delegacias especializadas em crimes contra a mulher (36% do total de delegacias desse tipo no país).