Em 2017, a procura pelo termo cresceu em 70% em relação a 2016, e atingiu picos logo após vários eventos chave
(O Estado de S. Paulo, 12/12/2017 – acesse no site de origem)
Isso pode ou não ser uma surpresa: o dicionário americano Merriam-Webster definiu “feminismo” como a palavra do ano em 2017.
Os últimos dois anos foram grandes para a palavra. Em 2017, a procura por “feminismo” cresceu em 70% em relação a 2016, e atingiu picos logo após vários eventos chave, de acordo com o dicionário, como a Marcha da Mulheres, em janeiro.
O movimento Me Too, que surgiu após as denúncias contra Harvey Weinstein, também deu bastante visibilidade à palavra.
Em 2016, a palavra do ano foi “surreal”.
“A palavra feminismo estava sendo usada de uma maneira mais geral”, disse o filólogo Peter Sokolowski, o editor-chefe do dicionário. “O feminismo como um grande protesto, mas também foi usado em um jeito específico. O que significa ser uma feminista em 2017? Essas são questões, acredito, que levam as pessoas ao dicionário.”
A raiz de “feminismo” está no latim para “mulher” e na palavra “fêmea”, que no inglês data do século 14. A primeira referência em um dicionário apareceu em 1841, na própria empresa que Sokolowski hoje gerencia.
Hoje em dia, a definição do Merriam-Webster para “feminismo” é: “teoria da igualdade política, econômica e social dos sexos” e “atividades organizadas em nome dos direitos e interesses das mulheres”.
Entre outros eventos, coisas que atraíram interesse para a palavra foram a série The Handmaid’s Tale e o filme Mulher Maravilha, de Patty Jenkins.