(O Estado de S. Paulo) A ativista política e crítica social Naomi Wolf analisa a recente matéria de capa da revista Newsweek sobre o relatório global “Progresso das mulheres no mundo” que evoca imagens de dois planetas diferentes: os melhores lugares do mundo para ser uma mulher e o pior.
“Nos EUA, as mulheres estão vencendo os homens em termos de formação universitária. A Turquia passou a rastrear homens que cometem abusos domésticos e Dinamarca e Austrália são governados por primeiras-ministras.”
“Agora, olhemos para o outro planeta: no Chade, o pior de todos, as mulheres não têm quase nenhum “direito legal” e meninas de 10 anos estão legalmente casadas. Muitas mulheres no Mali – o quinto da lista – são traumatizadas pela mutilação genital feminina. Na República Democrática do Congo, 1.100 mulheres são estupradas diariamente.”
“Os dados na lista da Newsweek mostram que precisamos formular esse tema em termos mais abrangentes, mais robustos. Quando países pobres optam por oprimir suas próprias mulheres, até certo ponto escolhem dar continuidade à sua própria pobreza. A opressão da mulher é uma questão moral; mas também pode ser vista como uma opção pela comodidade “cultural”, às custas de um progresso socioeconômico no longo prazo.”
Veja o artigo completo: Emancipação feminina levaria nações pobres ao desenvolvimento, por Naomi Wolf (O Estado de S. Paulo – 01/10/2011)