Líder do MTST e pré-candidato à presidência pelo PSOL, Boulos afirmou ainda que fará um plebiscito para revogar as reformas de Temer como sua primeira medida caso seja eleito.
(Revista Fórum, 07/05/2018 – acesse no site de origem)
O líder do MTST e pré-candidato à presidência pelo PSOL, Guilherme Boulos, afirmou em entrevista ao “Roda Viva” na noite desta segunda-feira (7) que “é preciso parar de ter medo de tratar o aborto como tema de saúde pública”.
A fala se deu em uma resposta à pergunta da historiadora Mariéla de Almeida, que questionou o candidato sobre políticas para negros, mulheres e LGBTs. Em sua fala, além de defender o aborto, Boulos disse que o Brasil “não superou a escravidão”.
“A média salarial dos negros e negras é metade da dos brancos. Isso é herança da escravidão. Quando se trata das mulheres negras é ainda mais grave. Nós vamos dar resposta a isso com políticas. No caso das mulheres, com políticas de defesa dos direitos, equiparação salarial. E direitos também no sentido de as mulheres decidirem sobre seu próprio corpo. É um tema que tem que ser colocado. Não temos que ter medo de tratar isso como saúde pública”, disse.
No primeiro bloco do programa, o líder do MTST afirmou que tomará como primeira medida de seu eventual governo um plebiscito que vai propor a revogação ou não das reformas encampadas pelo presidente Michel Temer.
Quando perguntado sobre o tema da moradia e das ocupações, Boulos foi direto: “Ninguém ocupa por que quer. O drama que leva a ocupação por moradia é a falta de alternativa entre pagar aluguel e colocar comida na boca. E tem mais casa sem gente que gente sem casa no Brasil, segundo o IBGE. É preciso criar uma outra lógica de cidade.”