 (SPM) Dados divulgados pela Secretaria de Políticas para as Mulheres revelam que a Central de Atendimento à Mulher –  Ligue 180 realizou, de abril de  2006 até o final de outubro de 2011, mais de dois milhões de atendimentos  (2.188.836). A partir de janeiro de 2007, quando o sistema foi adaptado para  receber informações sobre a Lei Maria da Penha a busca pelo serviço  contabilizou 438.587 registros.
(SPM) Dados divulgados pela Secretaria de Políticas para as Mulheres revelam que a Central de Atendimento à Mulher –  Ligue 180 realizou, de abril de  2006 até o final de outubro de 2011, mais de dois milhões de atendimentos  (2.188.836). A partir de janeiro de 2007, quando o sistema foi adaptado para  receber informações sobre a Lei Maria da Penha a busca pelo serviço  contabilizou 438.587 registros. 
De  janeiro a outubro de 2011 houve 530.542 ligações 
Nesse período, foram  registrados 58.512 relatos de violência contra a mulher. Desse total, 35.891 foram casos de violência  física; 14.015 de violência psicológica; 6.369 de violência moral; 959 de  violência patrimonial; 1.014 de violência sexual; 264 de cárcere privado; e 31  de tráfico de mulheres.
Segundo a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, responsável pelo serviço, um dado que chama atenção é que as violências moral e psicológica representaram, juntas, 34,9% das ligações em 2011.
Para a ministra Iriny Lopes, da SPM, este tipo de violência é aquela  silenciosa que não aparece e não deixa marca, mas colabora  muito para  aumentar  a baixa estima da mulher e faz com que elas não procurem ajuda. “A  partir  da  tipificação desses dois conceitos pela  Lei Maria da Penha, as mulheres começaram a perceber que os xingamentos e pressões de ordem moral mexem com sua  ‘psique’ e as tornam vulneráveis às  doenças de origem emocional” explica a  ministra. 
Perfil das mulheres 
A maior parte das mulheres que entrou em  contato com o Ligue 180 e que também é vítima da violência tem de 20 a 40 anos  (26.676),  possui ensino fundamental completo ou incompleto (16.000), convive com o agressor por 10 anos ou mais (40%) e 82% das denúncias são feitas pela  própria vítima.
O percentual de mulheres que declaram não depender financeiramente do agressor é de 44%. E 74% dos crimes são cometidos por homens com quem as vítimas possuem vínculos afetivos/sexuais (companheiro, cônjuge ou namorado). Os números mostram que 66% dos filhos presenciam a violência e 20% sofrem violência junto com a mãe.
Os dados apontam  que 38% das mulheres  sofrem  violência desde o início da relação e 60%  delas relataram  que  as  ocorrências de violência são diárias.
Dados por Estado 
Em  números absolutos, o Estado de São Paulo é o líder do ranking nacional, respondendo com um  terço dos atendimentos (77.189), seguido pela Bahia (53.850); em  terceiro lugar está o Rio de Janeiro (44.345).
Mas quando considerada a quantidade de atendimentos em relação à população feminina por estado a cada 100 mil mulheres, o Distrito Federal voltou a ocupar o 1º lugar no ranking, com 792.675 atendimentos, vindo em 2º lugar o Pará, com 767.,394, e em 3º a Bahia, com 754.345.
Sobre o Ligue 180
A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 é um serviço de utilidade pública de emergência, gratuito e confidencial, que  funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e  feriados, a partir de qualquer aparelho telefônico.
Seu objetivo é que a população brasileira, principalmente as mulheres, possa se manifestar sobre a violência de gênero e obter informações sobre a Lei Maria da Penha. O serviço presta seu atendimento com foco no acolhimento, orientação e encaminhamento ao diversos serviços da Rede de Atendimento à Mulher em todo o Brasil.
Veja aqui os dados por estado.
Leia na íntegra:     
Balanço da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 (SPM – 25/11/2011) 
Ligue 180 registra mais de 58 mil relatos de violência contra a mulher até  outubro deste ano (Agência Brasil – 25/11/2011) 
 
     
                     
                     
                    