Atual situação serve somente a quem lucra com a reprodução em massa de discurso de ódio contra as mulheres
(Folha de S. Paulo | 01/10/2020)
Um ambiente digital desregulado e que domina a atenção de jovens adultos e até mesmo de pessoas de todas as idades tem sido fator gerador de inúmeros problemas sociais. Recentemente, assisti ao documentário “O Dilema das Redes”, que aponta a coincidência entre a disponibilidade das redes sociais em smartphones com o aumento de suicídios nos Estados Unidos. Padrões inalcançáveis de beleza e felicidade, algoritmos construídos para viciar o usuário a fim de monetizar os conteúdos ali
disponibilizados e uma busca sufocante por likes são alguns dos muitos pontos listados como problemáticos dessas empresas, que merecem não só atenção, mas também regulação por parte da sociedade civil —algo que, no nosso país, infelizmente parece uma utopia, sobretudo quando se é apontada pelo próprio filme a manipulação das redes sociais para vitórias em eleições aqui no Brasil.