Assistente social e uma das principais pensadoras da interseccionalidade hoje, ela diz que a esquerda precisa de um olhar que priorize raça e que todos deveríamos visitar nossas identidades para construirmos um projeto político ético
(Celina/O Globo | 09/02/2021 | Por Kamille Viola)
Passaram-se alguns dias de negociação até que Carla Akotirene pudesse conceder esta entrevista a CELINA. Bacharela em Serviço Social, mestra e doutoranda em Estudos sobre Mulheres, Gênero e Feminismo pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), ela também atua como assistente social no SUS em Salvador, sua cidade, e conta que os atendimentos aumentaram na pandemia. “Eu estou dando um plantão atrás de outro”.
Autora do livro “Interseccionalidade”, da coleção Feminismos Plurais (ed. Pólen), coordenada por Djamila Ribeiro, Akotirene lança um olhar interseccional à pandemia de Covid-19 e observa que foi o período em que, por exemplo, mais foram contratadas mulheres que estavam desempregadas para serem expostas ao vírus — e, assim, acabarem infectando suas comunidades.