(Correio Braziliense | 27/04/2021 | Mariana Gonzalez)
Nesta terça-feira (27/4), comemora-se o Dia Nacional da Empregada Doméstica, profissão que ainda sofre com a equiparação social e trabalhista, principalmente em meio a pandemia. Entre agosto de 2020 e março de 2021, a jornada média semanal das mulheres que trabalhavam no emprego doméstico no Distrito Federal era de 33 horas, ficando em R$ 8,53 o valor que recebiam pela hora trabalhada. Embora a remuneração auferida por estas trabalhadoras fosse superior ao salário mínimo por hora praticado no país, R$ 6,25, seus ganhos mensais, registrados em R$ 1.205, superaram com timidez o piso nacional de R$ 1.100.
Segundo o levantamento da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), 63,3% das secretárias do lar têm entre 30 e 49 anos de idade, e 28,2% têm acima de 50 anos. O emprego doméstico tem sido, ao longo de muitos anos, uma das principais inserções ocupacionais das mulheres, contribuindo para a sua sobrevivência e a de suas famílias. Quanto a posição na família, condizente com o perfil etário apurado para estas trabalhadoras, 45% eram as principais responsáveis pela família e outras 44,7% eram cônjuges.
O levantamento é do Boletim Sintético feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e a Codeplan. Para a pesquisa, utilizou-se informações apuradas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) na Área Metropolitana de Brasília (AMB).