Consolidação dos dados de 2020 mostra crescimento de 2% no país, em comparação com 2019
(Folha de São Paulo | 06/06/2021 | Por Ranier Bragon | Acesse a matéria completa no site de origem)
O Brasil registrou oficialmente em 2020 a morte de 1.338 mulheres por sua condição de gênero, assassinatos praticados em sua maioria por companheiros, ex-companheiros ou pretensos companheiros, como o que na última quarta-feira (2) matou a facadas a estudante de enfermagem Vitórya Melissa Mota, 22, na praça de alimentação de um shopping center de Niterói (RJ).
Os dados consolidados do ano passado, que tiveram 10 de seus 12 meses sob o efeito da pandemia da Covid-19, foram colhidos pela Folha nas secretarias de Segurança Pública dos 26 estados e do Distrito Federal.
Em relação a 2019 houve uma alta de 2%, mas a violência contra as mulheres cresceru em níveis mais alarmantes no Centro-Oeste (14%) e no Norte (37%). Nordeste (+3) e Sudeste (-3) apresentaram pequenas variações. No Sul, houve queda de 14%.
Os números mostram que a violência contra a mulher tem trilhado uma trajetória de alta —o feminicídio cresceu 8% de 2018 para 2019, de acordo com dados atualizados—, apesar do endurecimento da legislação em anos recentes.
E o cenário pode ser ainda pior, já que não há padronização na coleta, análise e divulgação das informações por parte de alguns estados.