Segundo pesquisa, um terço das advogadas diz ter sofrido assédio sexual, e um quarto da advocacia negra, discriminação racial
(Folha de São Paulo| 29/06/2021 | Por Renata Galf e Flávio Ferreira)
Nos escritórios de advocacia, fóruns e departamentos jurídicos de empresas, todos sabem que atos de assédio e discriminação configuram crimes. Portanto, em tese, esses ambientes deveriam ter as melhores condições para o acolhimento, o apoio e o recebimento das denúncias das vítimas.
Porém pesquisa do Datafolha mostra dados alarmantes no sentido contrário.
Um terço das mulheres advogadas do país diz já ter sofrido assédio sexual ligado a seus locais de trabalho, por parte de colegas, chefes, clientes ou outros.
O levantamento também revela que cerca de um quarto das advogadas e advogados negros diz ter passado por situação de discriminação racial nos ambientes profissionais em que atua, especialmente no sistema de Justiça.
Quanto ao tema da discriminação de gênero, a pesquisa mostrou ainda que 35% das mulheres afirmam ter passado por essa situação.
Um terço das mulheres advogadas já sofreu assédio sexual em ambientes de trabalho.