‘Pela primeira vez me senti acolhida’: as ocupações que acolhem vítimas de violência doméstica e correm risco de despejo

30 de maio, 2022

(BBC News Brasil| 28/05/2022 | Por Letícia Mori)

Ao longo dos anos de seu casamento, o abuso que a assistente social Flora* sofria do marido foi se agravando, indo de pequenas manipulações a forte violência psicológica; de xingamentos e gritos para violência física e sexual.

Flora, hoje com 43 anos, queria sair de casa, mas não ganhava o suficiente para pagar aluguel e não tinha para onde ir. Ela havia se casado muito jovem, aos 21 anos, e sua família evangélica não aceitaria que ela se divorciasse.

Se fosse para um abrigo do governo, ela teria que deixar seu emprego e cortar todo contato com amigos. Seus filhos – um adotivo e um biológico – teriam que ficar em outro abrigo.

Foi então que ela descobriu, em 2017, que uma ocupação em sua cidade, Belo Horizonte, havia sido transformada por um coletivo feminista em um centro de referência para vítimas de violência doméstica.

Imediatamente a assistente social procurou o coletivo. “Pela primeira vez me senti acolhida”, conta Flora à BBC News Brasil. “Quando fui procurar ajuda eu tinha marcas de chave de fenda no corpo de quando meu marido me atacou.”

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