Apenas 16% dos casos de violência sexual contra crianças foram cometidos por desconhecidos

18 de maio, 2019

Dados do Ministério da Saúde demonstram que as notificações de crimes de natureza sexual contra menores cresceram nos últimos anos.

(Radioagência Nacional, 18/05/2019 – acesse no site de origem)

Estatísticas demonstram que os agressores sexuais mais frequentes são amigos próximos, familiares e vizinhos.

Dados de uma fundação internacional de proteção à criança, a Childhood Brasil, aponta que, no país, no ano passado, apenas 16% dos casos de violência sexual contra crianças e adolescentes foram cometidos por desconhecidos, o que faz da denúncia e identificação do abuso algo ainda mais complexo.

De acordo com a delegada Ana Zélia, da Delegacia de Proteção da Criança e do Adolescente.

Leia mais: Menores vítimas de violência sexual costumam mostrar sinais (Agência Brasil, 18/05/2019)

Simone de Miranda Rodrigues, chefe do Setor de Perícia Psicológica, do Centro de Perícias para a Criança e o Adolescentes de São Luiz, aponta que a agressão de natureza sexual pode ser de várias formas.

A violência sexual vai desde comentários erotizados sobre a criança e mensagens obscenas, mostra material pornográfico e sugerir envolvimento em ato sexual, até estimular a criança a tocar um adulto com intenção sexual, expor a imagem do jovem de forma sexualizada e o contato físico em qualquer parte do corpo, com objetivo de satisfação.

Um dos casos mais famosos ocorrido no Brasil foi a morte da menina Araceli Cabrera, de 8 anos, raptada e assassinada no Espírito Santo em 1973.

O corpo foi encontrado desfigurado por ácido e com marcas de violência sexual. Após condenação, dois suspeitos foram absolvidos em 1991. Em 2000, o Congresso escolheu a data para criar o Dia Nacional de Combate ao Abuso Sexual de Crianças.

De lá pra cá, cresceu o papel de conselhos tutelares e do Ministério Público no recebimento de comunicados sobre esses crimes, conforme indicado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

O problema, de acordo com Talita Fróes, psicopedagoga, é que, muitas vezes, o próprio ECA é pouco conhecido e acaba sendo descumprido.

Gabriel Correa

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