Segundo Paula Sant’Anna, as vítimas são desacreditadas e desencorajadas a denunciar a violência
(Por Claudia Collucci, Folha de S.Paulo) Hospitais têm falhado em fazer valer o direito de mulheres a acompanhantes durante o parto ou outros procedimentos, o que facilita os casos de abusos sexuais, como o estupro de uma paciente que estava dopada e passava por uma cesárea em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Muitas vezes, as vítimas também são desencorajadas a denunciar a violência.
É o que afirma a defensora pública paulista Paula Sant’Anna, 36, coordenadora do Núcleo de Proteção e Defesa dos Direitos das Mulheres, que já atendeu casos de violência sexual que ocorreram dentro de instituições de saúde. “Em geral, estão sozinhas quando sofrem o abuso.”
Segundo Sant’Anna , em geral, essas vítimas têm um desafio a mais de credibilidade ao contar a um profissional de saúde que foi abusada por um colega dele. “É difícil para essa menina, para essa mulher ser acreditada, ter empatia quando conta a sua história.”